Dez dias a bordo de um dos SUVs mais desejados do País, o Jeep Commander. Testei a versão Overland, topo de gama, 4×2, flex, na área urbana de Fortaleza; saiba se o grandalhão é páreo para o Toyota SW4 (ANDRÉ MARINHO – JORNALISTA)
Totalmente desenvolvido no Brasil, na fábrica de Goiana, em Pernambuco, o Jeep Commander “chegou chegando”, como se diz no popular. Com ampla campanha de mídia, esforço concentrada das concessionárias da marca, recebi o carro enviado pela montadora com muita expectativa.
No quesito design, devo dizer que o Commander é muito bonito mesmo. Suas linhas são proporcionais e o DNA da marca está em cada curva e vinco do visual parrudo do SUV. O espaço é outro atributo do SUV.
Afinal, sete lugares representam mais conforto, versatilidade e até amplo porta-malas, que, inclusive, é um dos maiores da categoria, chega a 1.760 litros com os bancos rebaixados.
Espaço é o que não falta no Commander. São três fileiras de assentos, sete lugares e um dos maiores porta-malas da categoria com 1.760 litros com todos os bancos rebaixados, 661 litros na configuração com cinco ocupantes e 233 litros com os sete assentos levantados. Além disso, o modelo também conta surpreendente espaço de porta-objetos: 31 litros de volume.
Gostei muito do excesso de tecnologia dessa versão. Ele tem cluster Full Digital personalizável de 10,25” e central multimídia com tela touch de 10,1” Full HD com navegação embarcada e espelhamento para Apple Carplay e Android Auto por conexão sem fio.
Conta também com carregamento de smartphones sem a necessidade de cabo. Basta apoiar o aparelho na parte indicada do console central. O procedimento ocorre por indução (é necessário que o aparelho celular seja compatível com a tecnologia). No entanto, caso outros passageiros queiram realizar o carregamento com fio, existem portas USB nas três fileiras de assentos.
Outros destaques em tecnologia, que oferecem mais conveniência ao cliente, são o banco do motorista com ajuste elétrico em todas as versões, banco dianteiro do passageiro com ajuste elétrico na Overland e o amplo teto solar panorâmico.
Sou motorista raiz e nunca fui muito de me confiar em piloto automático e outras modernidades. Mas o Commander me conquistou nesse quesito. O Jeep Commander vem muito bem equipado de série em todas as versões com tecnologias de direção autônoma muito valorizadas atualmente.
Traz controle de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão com frenagem automática, detecção de ponto cego e de tráfego cruzado, alerta de mudança de faixa, frenagem de emergência para pedestres, ciclistas ou motociclistas, detector de fadiga do motorista, reconhecimento de placas de velocidade, comutação automática de faróis e park assist.
E eu que sou tarado por música, também amei o sistema de som da marca premium Harman Kardon com 9 alto-falantes, subwoofer e 450 Watts de potência.
Ele conta ainda com a exclusiva tecnologia Fresh Air, que utiliza dutos da cabine como “caixa acústica”. Isso elimina a necessidade de caixas tradicionais, reduzindo o peso do sistema em 40% e o volume em 70%, além de garantir uma pressão de som mais alta e uma faixa de graves mais profunda.
Desempenho –Confesso que fiquei com medo que devido as dimensões e peso do Commander, o mesmo motor do irmão do meio Compass não desce conta do recado. O Jeep Commander vem equipado com o motor T270. Ele já vem preparado para atender aos requisitos do Proconve L7, previsto para janeiro de 2022. Seu design é focado na eficiência e apresenta baixo consumo de combustível.
Com tecnologia global e produzido no Brasil, o T270 tem 185 cv e 270 Nm e é o motor flex de maior potência do país entre os motores turbo flex. Me enganei, ele manda muito bem.
As versões Turbo Flex do Commander possuem sistema de tração 4×2 e câmbio automático de 6 velocidades. Trazem ainda o modo de condução Sport, que habilita uma calibração diferenciada, com trocas de marchas mais rápidas que passam a ser realizadas em rotações mais altas.
Isso torna a resposta do acelerador mais ágil e a direção fica mais firme, proporcionando uma experiência de condução mais esportiva.
O Jeep Commander possui também o Traction Control +, sistema de controle de tração que atua em condições em que o veículo tenha piso de baixa aderência com o solo em uma das rodas.
Ele está disponível para todas as versões 4×2. O sistema aplica torque de frenagem na roda que está escorregando e transfere o torque para outra roda que esteja em contato com o piso. Para habilitar a função, basta que o motorista pressione a tecla ASR OFF. Assim, mesmo com tração dianteira, o modelo ainda pode se aventurar nas trilhas, como todo Jeep.
Preços – Com preço menor que o Toyota SW4, que chega a R$ 400 mil em algumas versões, o Commander está bombando nas vendas. Muitas encomendas e fila de espera pelo carro que oferece conforto diferenciado para quem tem família grande.
Aprovei demais o Commander, vida longa para ele!
Ficha Técnica
Motor: 1.3l, turbo flex
Potência: 185 cv
Torque: 270 Nm
Câmbio: Automático, 6 velocidades
Consumo: 9,8 km/l (gasolina) e 6,9 km/l (etanol) na cidade; 11,8 km/l (gasolina) e 8,3 km/l (etanol) na estrada |
Preço: R$ 227.990 (Fonte: Via Sul Jeep Fortaleza)